Manu e Mel na escola

TAG NINAAcho que pela primeira vez na vida eu não sei o que escrever em um texto. Provavelmente ele ficará péssimo no final, mas o importante é o relato então whatever. Quem me conhece sabe o tanto que eu sofria tendo que ficar em casa morgando sem “fazer nada”, cuidando de neném 24 horas por dia, 7 dias por semana. Dava àquela sensação de ser inútil, fútil, desnecessária, incapaz. Algumas mulheres se sentem assim, outras, muito pelo contrário, se sentem péssimas se delegam o cuidado do filho para outra pessoa (seja a baba ou a própria escolinha/berçário). Não sei de onde vem esse sentimento, mas no fundo, acredito que seja da personalidade de cada um.

Por mais que as nenens ocupassem um tempo grande do meu dia e tivessem lá seus probleminhas -como o refluxo, por exemplo-, ultimamente elas estavam uma delícia de conviver. Já estavam na fase de reagir sorrindo pra todas as brincadeiras e de ficar fazendo um monte de barulho gostoso hahahah, ai que saudade.  Eis, então, que a SUPER comprometida baba, me fala: “Marina, vou ali embaixo comprar um negócio e já volto” eee nunca mais voltou. SIM, eu juro que foi assim. Pessoas, fiquei sem baba da noite para o dia. Sozinha, abandonada com Manuela, Melissa e todas suas necessidades. Quase enlouqueci, só não enlouqueci porque mãe não tem esse direito.

Resumindo a história: Conversamos aqui em casa para saber o que poderíamos fazer e resolvemos que a melhor solução, inclusive financeira, seria encontrar uma escolinha para as meninas. Por sorte encontramos uma excelente e bem próxima de casa. A experiência tem sido maravilhosa. Agora temos tempo de cuidar de outras coisas. Posso trabalhar, me dedicar ao blog, aos meus cursos, minha academia e ainda consigo ajudar mais em casa. Hoje vou fazer um bolo pro marido, hahahaha. Saudade de poder fazer esses mimos.

Essa semana está acontecendo a adaptação delas num novo ambiente. E pelo que todos os profissionais me falaram, elas estão indo super bem. Quase não choram, são super sociáveis com as outras crianças, dormem sozinhas no próprio bebe conforto (coisa que as bandidinhas não fazem em casa. Vou dar bronca kkkk) e sabem esperar a vez delas. E agora vem realmente a parte que eu não sei bem o que dizer: A MINHA ADAPTAÇÃO.

Toda essa situação, apesar do perrengue, no fundo foi ótima. Mas… E a minha adaptação? Sempre me vi como uma pessoa segura e de mente aberta. Pensava que ia ter meus filhos e quando chegasse a hora, eles iam mesmo pra escolinha, brincar, aprender, desenvolver e eu, ia voltar a trabalhar. Normal, sem grilos nem muitos problemas. Mãe tem mesmo que trabalhar e ser exemplo de conquistas dentro de casa. Defendo muito isso. Acho que sempre devemos fazer algo para nós e que não dependa de outra pessoa. Devemos ter as nossas próprias conquistas. Pois se os nossos anseios se depositam no outro (tipo a mãe que deposita felicidade e se dedica unica e exclusivamente ao filho), como fazemos quando o outro não nos “pertence” mais? Filhos se casam, mudam, vão voar outros horizontes.

Tinha todo esse discurso pronto, numa falácia de imaginar que nada me afetaria. Chorei três dias, queria acorda-las de madrugada para ficar mais tempo brincando com elas e, no primeiro dia de escolinha, fui e voltei umas 5 vezes porque queria ve-las. Como eu não podia ficar interrompendo a rotina delas, só sosseguei quando a pedagoga me deixou vê-las através das câmeras de segurança. No fundo, o pior não é ficar na dúvida se  vão ou não cuidar bem delas. O pior é o tempo que passou e não volta mais. Pude acompanhar o desenvolvimento de minhas filhas até  três dias atrás e só. Provavelmente não vou mais estar lá quando elas aprenderem a sentar, ou a segurar de vez a mamadeira… Nessas horas, a mulher madura e bem resolvida aqui pensa: FODAM-SE minhas conquistas, eu só quero ficar com elas. Mas agora…. Agora esse momento não me pertence mais.

644272_172010802954677_429972045_nVamos enfrentando esse novo desafio aos poucos. Mas olha, não é fácil. Já comecei esse post umas três vezes e tô achando melhor já encerrar de uma vez, rss. Saudades dessas pitchulas. MANU E MEL, CHEGUEM LOGO QUE MAMÃE QUER BRINCAR :’)

10 pensamentos sobre “Manu e Mel na escola

  1. Ahhh que coisa linda é ser mãe!!!Amei o post!Mariana mesmo que você perca alguma coisa do desenvolvimento delas (detalhes) acredite você está fazendo um bem danado a elas, pois vão se socializar com outras crianças e ganhar o mais importante: conhecimento e autonomia!Você vai ficar coma melhor parte…vai acompanhar as suas conquistas e ver que seu esforço enfim valeu a pena!Parabéns pelas bbs mais fofas que já vi!Beijos!
    Ju (Quase Pedagoga *-*)

  2. Meu Deus…e a gente vai lendo e chorando assim mesmo?
    Não sei se chorei mais pela foto dessas duas delícias, imaginando sua angústia, ou me imaginando (coisa que já acontece há algum tempo).
    Você não sabe o que me causou ler esse post hoje, em especial. Tem sido dias de sentimentos variados e pensamentos estranhos, essa monotonia tem me afetado muito, e em muitos momentos não sei definir o que sinto.
    Talvez, mesmo em meio a tantos pensamentos e sentimentos eu já imaginava que seria um pouco isso, mas ler de você, ver que alguém sentia como eu, me faz bem :’) , me punia muito.
    Deixa eu ir aproveitar Maria no berço, rs, antes que a escolinha chegue depressa.
    Texto lindo, amor lindo, meninas lindas, mãe linda!

    • Jô, nunca sinta culpa alguma. Cada um faz o que pode. É dificil sim lidar com determinadas situações. Tente não criar expectativas demais e pensar num dia após o outro. Tenho certeza que, seja lá o que voce espera, vai chegar! No começo é muito desesperador. Mas acredite, você não é a única que se sente assim.

  3. Estou sem palavras para um simples comentário ,mas senti mil coisas ao ler seu post de hoje ,ate chorei hoje estou sentimental de mais rs,me lembrei da minha mãe que deve ter passado pela mesma situação sou gêmeas com um homem e tadinha ela nos teve muito cedo e sem nenhuma estrutura familiar para auxiliar ,deve ter sofrido um pouco ,mas lembro que ela trabalhava muito mal tinha tempo para nós,e por isso eu a amo muito ,em saber que não foi facil .. E suas filhas vao sentir o mesmo por ti .. Lindas lindas que Deus abençoe vcs

  4. Nina, que lindo!!!
    Também me sinto assim, ficando longe delas o dia todo, tento aproveitar aquele tempinho de manhã. Dá muita saudade…
    Filha, vc é linda como mãe!!!!
    Minhas eternas 3M….

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